sábado, 13 de dezembro de 2008

Sinto-te


Um bater inquieto acorda a cotovia, há um coração agitado ao compasso da tua procura. Um grito apagado lembra o teu querer, sentir-te é uma dádiva dos deuses ou um privilégio dos bem amados. Não há silêncio quando os pássaros se calam, não há quietude quando o vento deixa de soprar, a escuridão é um caminho que se percorre com o coração.
Voa a cotovia perdida na planura deste vazio. Nesta terra árida e nua, o arrepio do teu sentir é fonte de vida.