Desfolhou-se um malmequer, quando trocaste a palavra Amor por outra qualquer, uma máscara soltou-se, um rosto feito do nada revelou-se, e no mar, que delicadamente pintei com o meu amar, perdeu-se para sempre aquele olhar...
A cotovia tinha no lugar da razão um pedaço de ilusão; uma cega paixão fazia sentir um outro coração, uma canção composta de maldição, mas dita ao ouvido com emoção, soltava a sua imaginação. Nesses instantes, em que as aves não pisavam o chão, no abrir de cada mão, libertavam-se bolas de sabão, estranhamente, num toque de perfeição, uma estrela apagava a contradição e tudo parecia uma maravilhosa predestinação.
Rodopiava a cotovia, senhora da alegria, não sabia que aquilo sentia era apenas o que queria... talvez num dia de eterna fantasia!...